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Vocação e Sacrifício

Atualizado: 10 de fev. de 2020

Vamos tratar da vocação como sendo o combustível que leva uma pessoa a exercer certa atividade durante a sua vida. A “vocação religiosa é um chamado de Deus para a prática religiosa, é louvar e servir a Deus e ao próximo. Ter vocação religiosa é estar disponível para se separar das coisas que são do mundo e que não são do agrado de Deus. ” (https://www.significados.com.br/vocacao/). Deve-se ter o entendimento de que não se pode separar aqueles que têm sido chamados daqueles que dizem não ter um chamado. Todos somos chamados a exercer a vocação, seja ela onde for, deve ser uma função do cotidiano, onde em tudo que fazemos expressamos a vida de Cristo em nós. Aqui falaremos da missão de Deus e o chamado missionário.


O chamado de Deus é para todos aqueles que aceitaram a Cristo e desejam segui-lo, seja esta pessoa um médico, um bombeiro, um advogado, um missionário etc. Na verdade, somos chamados, vocacionados a refletir a glória de Deus ao mundo. Devemos ser luz às trevas, o sal da terra. Não existe opção para o cristão, todos devemos estar engajados na missão de fazer Cristo conhecido, na nossa Jerusalém, Judeia, Samaria e aos confins da terra. Nesta jornada de fazer a Cristo conhecido temos que abrir mão de muitos dos nossos desejos para deixar que Ele viva e reine em nós.

Um dos fatores que, muitas vezes, afasta o cristão do seu chamado, é o sacrifício que ele exige, pois quanto mais nos aproximamos da cruz, mais trazemos em nossos corpos as marcas de Cristo, conforme Paulo expressa neste versículo: “Desde agora ninguém me inquiete; porque trago no meu corpo as marcas do Senhor Jesus. ” Gálatas 6:17. Paulo se acha digno, ele tem o direito de falar do Evangelho no contexto onde os cristãos queriam impor a lei, ele tinha a propriedade e autoridade para falar, pois ele adquiriu esse direito através das suas lutas e sacrifícios para fazer a Cristo conhecido e podia provar isso no seu próprio corpo.


Não há vocação que colocada em prática, não exija sacrifício, se não aprendemos isto logo no início da nossa vida Cristã desistiremos diante dos obstáculos que serão muitos. Imaginem-se no lugar de Abraão quando Deus o chamou para sair da sua terra, da sua parentela e ir para um lugar que Deus iria mostrar. Abraão não tinha certeza de nada, a não ser que Deus o chamava. Abraão iria deixar sua terra, o lugar seguro de onde tirava o seu sustento, tinha o conforto de saber onde iria dormir na próxima noite e outras tantas seguranças que um lar e uma rotina nos trazem. Deixar a família, o nosso sentido de pertencer está na nossa família, quando nos separamos dela ficamos um pouco perdidos, queremos sempre voltar às nossas raízes. A família nos dá segurança e conforto, nos atende quando estamos em dificuldades, mas Deus pediu a Abraão para deixar tudo isso para trás, para que a Sua Gloria fosse manifesta entre as nações. Genesis 12


O homem glorifica a Deus, quando o desempenho de sua vida e ações contrariam o mundo ou a sua própria vontade para honra e glória de Deus. Na missão de Deus de fazer-se conhecido e trazer o homem a um relacionamento consigo mesmo, o sacrifício sempre foi fundamental. Para que houvesse redenção, sempre houve sacrifício, porque esperaríamos outra coisa nos dias de hoje? Nos dias atuais ouvimos muito sobre a teologia da prosperidade e “liberar a bênção”, mas vemos muito pouco acerca da teologia do sofrimento que está no sacrifício da redenção. Quando Jesus aparece aos discípulos em João 21 ele questiona a Pedro e no versículo 19 a Bíblia declara isto: “Ora, isto ele disse, significando com que morte havia Pedro de glorificar a Deus. E, havendo dito isto, ordenou-lhe: Segue-me.” João 21:19


O missionário quando se sente vocacionado ao campo, tem que ter em mente que terá muitos obstáculos pela frente e que o chamado será baseado na renúncia de muitas coisas. Tais renúncias envolvem ter que deixar a família, sua terra, seu trabalho seu status, seja ele qual for. Tudo aquilo que antes era conhecido e cotidiano já não existirá, ele ficará, por um tempo, em uma zona de pânico de onde passará para a zona de aprendizado até que tudo que é novo e diferente se torne familiar e confortável novamente.


Devemos sempre lembrar que depois da cruz vem a ressurreição e a glorificação, o cristão, apesar de saber que terá dificuldades e sacrifícios, ele também sabe que o seu redentor vive e que nunca o abandonará. O exemplo de Cristo está aqui para provar que o maior sacrifício de todos teve como resultado a Gloria de Deus e a redenção do mundo.

 

“De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome.Filipenses 2:5-9

 

Artigo por Genezi da Rosa Reyes

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